Meditação
Meditar deriva
do latim mederi que significa curar, remediar (tanto aspectos físicos como
subjetivos). Muitas vezes as pessoas entendem que meditação significa parar
para pensar, refletir, acalmar a mente, ficar tranquilo, em harmonia. Na
realidade, estes e outros são sintomas, efeitos consequentes da meditação. O
campo da meditação é extremamente amplo e inclui muitas práticas, técnicas,
ferramentas, mas o objetivo é único: presença. Estar presente significa perceber
o que está por trás das nossas emoções, pensamentos, conflitos, doenças. Agir
com presença é lidar com as coisas como elas são, sem nos deixar levar por
projeções, medos, expectativas pelo futuro ou registros do passado,
principalmente sem reagir responsivamente ao externo. Voltando a origem,
meditar pode ser sinônimo de cura, pois entramos em contato com a nossa
essência primordial, nosso ser puro e inteiro, anterior às projeções da mente.
A cura, neste sentido, age como uma alavanca de reconexão com o Maior em nós.
A meditação
existe desde sempre, desde o início da humanidade, pois qualquer processo que
nos leve a olhar para dentro de nós é meditar. De qualquer forma, a meditação
como somos levados a entendê-la foi mais difundida através de práticas
orientais, especialmente com o budismo. Mesmo assim, até o próprio Buda
aprendeu a meditar com os ascetas, não sendo ele o precursor da meditação. Mas
sem dúvidas, o budismo tornou a meditação a base do treinamento da mente para a
iluminação, incluindo ensinamentos, práticas de respiração, técnicas de
visualização, contemplação e assim por diante.
Existem mil
diferentes tipos de meditação. Se você entra em contato com a natureza e deixa
ela entrar em você, é meditação. Se você fica em silêncio e observa seus
pensamentos, é meditação. Se você caminha na rua com presença, percebendo cada
passo, o solo em contato com seus pés, é meditação. As técnicas diferentes de meditação
existem para facilitar caminhos diversos no sentido desta presença. Cabe a cada
um de nós percebermos qual caminho é mais simples para entrar em contato
conosco. Aprender diferentes técnicas às vezes é necessário para reconhecermos
qual melhor se adéqua ao nosso momento, ao nosso estado de espírito, ou às
sementes que carregamos. Um dos caminhos mais conhecidos e mais eficazes é o
trabalho com a respiração. Olhando de uma maneira simplória, podemos dizer que
prestar a atenção à nossa respiração integra corpo (órgãos físicos), mente
(pensamentos, emoções, projeções) e o ambiente (ar, campo onde nos situamos). É
isso e muito mais.
Os efeitos da
meditação atuam não apenas no nosso interior. Como tudo que nos relacionamos,
inclusive pessoas e situações, são um espelho para percebermos algo em nós
mesmos; aceitar, digerir, integrar e pacificar o que está dentro, repercute no
que está fora. Assim, podemos entender melhor o porquê de cada experiência e
deixá-la passar. Aprendemos a estar consciente diante das aparições, do
cotidiano, dos relacionamentos e por consequência interagimos de forma mais
inteira com o mundo. O ego procura evitar tudo o que é negativo e manter ou
atrair o positivo. Essas são as preocupações mundanas, que refletem questões
ligadas à reputação, às inquietações em torno da culpa x inocência, a mostrar o
que temos de melhor e esconder nossas fraquezas. É possível perceber o
funcionamento do ego através da meditação. Com a prática, compreendemos que não
adianta fugir de nada e podemos viver a aventura de lidar com o mundo como ele
é. Reconhecer os eventos e não se apegar a eles é uma prática meditativa.
Inspiramos as aparições na nossa mente e deixamos elas irem embora, soltamos
tudo na expiração.
É legal criar
um cantinho específico para a prática. Seduzimos um pouco o nosso ego, que pode
não criar tanta resistência à pratica. Podemos acender um incenso, uma vela,
comprar uma almofada e um tapetinho para meditar. Isso não importa tanto
objetivamente, mas serve para “convencermos” o nosso ego que somos meditadores
e ele às vezes nos dá uma trégua. Fazemos pactos para despertar. Criar um
espaço organizado, alinhado geometricamente, também funciona como um convite a
energias favoráveis à prática. É agradável e sedutor.
Existem muitos
benefícios e efeitos colaterais da meditação. Os mais comuns são a atenção,
foco, concentração. Com a prática podemos encontrar recalques, medos e confusão
mental no caminho. É também um processo de limpeza, e por isso a confusão é
bem-vinda. Alguns processos mais fortes podem até gerar diarreias, náuseas,
dores de cabeça. É o conteúdo tóxico saindo. Mas em geral, as sensações que o
alinhamento com a Fonte nos trazem são sentimentos de gratidão e compaixão.
Passamos a perceber o fluxo energético do cosmos através de uma compreensão não
lógica. Harmonizar os chakras (pontos de fluxo de energia) contribui para a
saúde integral do individuo: físico, emocional, mental, psicológico,
espiritual. Assumimos o poder de cura de nós mesmos e nos tornamos mais
responsáveis por nossas ações.
Crianças,
jovens, adultos, idosos podem meditar. Todos, em qualquer estágio da vida,
podem melhor se relacionar com ela, com os outros e consigo próprio através do
autoconhecimento. Encarando desta maneira, meditar em cima das nossas doenças
também é um passo em direção à cura espiritual e à reconexão com a Fonte.
Todo o universo
é feito de energia. A vida é expressa através de energia, seja na forma de
corpos sólidos ou em sensações sutis, tudo é energia. A partir do momento da
concepção, ou mesmo antes disso, energias vão se condensando, formando a
matéria. O corpo humano e seus órgãos, os pensamentos e emoções, o processo de
troca, formação e decomposição das formas representam um fluxo energético que
não pára nunca. Assim, olhar para a nossa vida, abrangendo esse processo
energético, é sinônimo de compreensão e sabedoria sobre nós mesmos. Estamos
imersos em um campo energético que comporta todas as informações do nosso ser.
Esse campo é conhecido como aura ou campo áurico. A aura compreende desde o
corpo físico até nossas projeções, sensações, emoções, memórias, elementos
conscientes e inconscientes.
No nosso
dia-a-dia convivemos com muitas pessoas, entramos em contato com ambientes e
forças diversas. Assim, inevitavelmente absorvemos muitas energias que reforçam
condicionamentos e padrões internos, atrapalhando o nosso desenvolvimento
espiritual, gerando conflitos e dúvidas no nosso caminho. O trabalho para criar
consciência do nosso campo áurico age no sentido de reconhecermos o que é nosso
e o que é exterior, possibilitando uma limpeza e liberação de padrões. Ao
limpar nossa energia sofremos cada vez menos interferências externas nas nossas
emoções, pensamentos, palavras e atitudes. Purificando as energias da aura,
podemos alcançar um estado de graça, bem-estar e reconexão com o Mestre
Interior dentro de nós. O Mestre ou Sol Interior representa o contato com nossa
essência, nossa verdade, nosso espírito, nossa luz. Despertar nosso Sol
Interior significa reencontrar a energia primordial, a essência divina da qual
somos feitos.
A Meditação das
Rosas age como uma ferramenta de limpeza do nosso campo áurico. Através da
imagem em ação, ativamos nosso poder divino e nossa autoridade energética.
Utilizamos as Rosas, que são um símbolo espiritual muito antigo ligado ao Amor,
a Verdade, a Pureza, a Beleza e a Alta Vibração. Quando limpamos as energias na
nossa aura, as devolvemos purificadas para sua origem, como um ato de amor,
compaixão e consciência espiritual. Durante a Meditação das Rosas entramos em
contato com nossos 7 chakras (centros de energia) principais, reconhecendo-os,
limpando-os e ativando-os. Trata-se de um processo de desprogramação, proteção
e equilíbrio energético para o reconhecimento de nós mesmos. Podemos ler as
energias presentes em nós e liberá-las.
Esta meditação
permite que energias estagnadas fluam, possibilitando abertura e acesso à nossa
bondade fundamental. Aprendemos a nos curar e a libertar as energias estranhas
à nossa essência de Luz. Durante a prática removemos bloqueios que impedem o
crescimento espiritual, permitindo-nos ver de maneira mais clara, aumentando a
nossa comunicação com o eu interior, aproximando-nos cada vez mais da nossa
essência e reconhecendo quem verdadeiramente somos.
Bem vindos!
Com amor,
Lorena.
PS – Próximo Curso
da Meditação das Rosas: dias 31/jan, 01 e 02/fev em Terra Pura – Gravatá/PE.
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